A Páscoa chegou de delivery!
A pouco menos de uma semana para a Páscoa 2020, o varejo se adapta às últimas mudanças para uma das maiores datas do comércio. Ao realizar a comparação com o início do mês anterior, os ovos de páscoa, lembranças e chocolates começavam a dominar os supermercados, as lojas de chocolate e os produtores caseiros.
Porém, nos últimos 15 dias, com o fechamento de lojas físicas e os cuidados redobrados de higiene por parte da população, a Páscoa teve que realizar uma adequação para garantir que a data seja comemorada, mesmo que de forma mais tímida, por grande parte das famílias brasileiras.
O perfil e o comportamento dos brasileiros
Um comportamento notado nos últimos anos e que deverá ter um crescimento ainda maior é a busca de alternativas aos ovos de chocolate. Embora eles tenham a embalagem e os brinquedos como atrativos, o espaço nas prateleiras é dividido com barras de chocolate e bombons.
O perfil de consumo também mudou e as exigências são cada vez maiores. O consumidor pode estar presente em diversos pontos de contato da empresa (WhatsApp, Instagram e outras redes sociais), eles exigem uma resposta cada vez mais rápida, novos produtos e qualidade aliada a um preço acessível.
Durante a pandemia do covid-19, a solidariedade — uma das principais características do brasileiros — é uma ação presente nas redes sociais. Diversas campanhas circulam pelas redes sociais e incentivam a compra de itens e lembranças para a Páscoa do comércio local e de pequenos produtores.
Outro traço da nossa cultura é deixar as coisas para a última hora. A semana anterior à Páscoa registrou um aumento nas buscas de ovos de chocolate e outras opções. Agora, é dever das empresas estarem prontas para atender o público existente e criar novas demandas.
O que as empresas podem fazer
As empresas que se adaptaram de forma mais rápida nas últimas semanas já conseguem atrair mais clientes por meio das redes sociais, aplicativos de entrega e indicações. Uma das medidas mais comuns é estar presente em aplicativos como Uber Eats, Rappi e iFood para atender os consumidores fiéis da marca e atrair novos públicos que já utilizam os aplicativos.
Como essas plataformas podem continuar a operação e estão em conformidade com as medidas mais rígidas de higiene, o delivery se torna uma experiência segura tanto para o usuário que não precisa sair de casa, como para a empresa que não precisa se preocupar com todo o processo de entrega. Ainda há opções de retirar no local e algumas lojas de chocolate estão realizando o drive-thru para que as pessoas não precisem sair do carro.
Como formas de incentivo, as lojas e empresas também podem reduzir os preços e promover descontos. Algumas formas de promoção envolvem descontos progressivos de acordo com a quantidade de itens comprados e em alguns lugares esses descontos chegam até 50%.
Outra alternativa é oferecer boas formas de parcelamento e frete grátis. Como muitos consumidores podem evitar novas compras pela insegurança econômica no momento, o parcelamento a médio/longo prazo é uma medida para que a Páscoa não passe em branco.
O aproveitamento desse tempo com a forte divulgação nas redes sociais (de forma orgânica ou patrocinada) engaja o público potencial. É preciso lembrar de que as fotos dos produtos devem ser bem produzidas e todos os canais de atendimento precisam estar disponíveis para responderem as dúvidas no menor tempo.
Além de reduzirem o cardápio, novos tamanhos de produtos que variam de acordo com o orçamento dos consumidores e ações de degustação podem ser efetivas para manter as vendas, além de negociações para os pagamentos dos fornecedores.
O momento é de adaptação e pede o uso da criatividade para driblar a crise e garantir que todos estejam em segurança e abastecidos de chocolate! Feliz Páscoa. ?